domingo, 13 de setembro de 2009

Peça com vibrador é censurada pela ExperimentaDesign

Durante várias semanas, a Coca--Cola Light apresentou uma campanha publicitária, de que o famoso quadro O Menino da Lágrima era protagonista. Essa campanha passou por centros comerciais de todo o País, onde qualquer pessoa era convidada a entregar um objecto kitsch em troca de uma lata do refrigerante.
Os objectos foram sendo reunidos para que, depois, artistas convidados pela Experimenta Design 2009 criassem novas obras a partir deles. As peças fariam parte da exposição inaugurada ontem à noite (dia 10 de Setembro) no Palácio Braamcamp. Catarina Pestana foi uma das artistas convidadas. Mas, ontem, viu a sua obra censurada pela Coca-Cola, com a alegação de que usava na peça um vibrador (na foto).
A autora explicou ao DN o que aconteceu: "Depois de entregar a peça ao Palácio Braamcamp, soube que alguém do marketing da Coca-Cola censurou a peça." Segundo Catarina Pestana, a marca pediu que se retirasse o vibrador usado na peça, mas a artista recusou-se, uma vez que "nunca fez parte dos planos não poder deixar de fazer algumas coisas", disse.
Catarina Pestana referiu que nunca contactou directamente com nenhum responsável da Coca-Cola e adiantou: "Nenhum dos artistas convidados foi pago; por isso, isto não é uma prestação de serviços". A artista explicou ainda que tipo de mensagem quis transmitir com esta peça: "Sei que ela é provocatória, mas quis expressar o exacto momento em que fui convidada e a excitação inerente a isto."
Catarina Pestana contou que "a Coca-Cola ameaçou mesmo fechar a exposição se entretanto a peça não fosse retirada". No entanto, a decisão seria da responsabilidade de Guta Moura Guedes, directora da Experimenta Design. A designer salientou que compreendia qualquer que fosse a decisão da directora, a qual ainda não era conhecida à hora de fecho desta edição. O DN tentou também contactar, sem sucesso, a agência IVITY, responsável pela concepção desta campanha para a Coca-Cola. 
Fonte: DN online

2 comentários:

  1. Pensei que a Coca-Cola tivesse a mente mais aberta. Eu acho absurdo uma censura destas só por causa de um vibrador. há certos objectos que ainda são tabus, é certo, mas devemos encara-los com normalidade para destruir o preconceito.

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